domingo, 8 de agosto de 2010

Após afirmação, Rafael curte folga e as recentes conquistas

Goleiro virou titular nas últimas partidas e fez a torcida esquecer as especulações sobre goleiros


Depois da pressão pelo título da Copa do Brasil e de conviver por algum tempo sob olhares desconfiados, com a sombra de Dida e Diego Cavalieri, Rafael agora curte a merecida folga do Brasileirão.
Pelo Santos, foram 12 jogos e oito gols sofridos, sendo o primeiro após a quinta partida, contra o Palmeiras. De folga hoje – o Santos não joga já que o Internacional pediu adiamento –, o goleiro aproveita os momentos com a família.
– Estou em Sorocaba, sempre que tenho uma folga venho – disse o camisa 1, que possui personalidade e peculiaridades incomuns.
Contrariando a rotina da maioria dos jogadores do Santos, que trabalham com os principais empresários do país, Rafael e o pai, Sérgio Barbosa, são quem conduzem a carreira. Além disso, faz faculdade de Educação Física, na Universidade Santa Cecília, do ex-presidente Marcelo Teixeira, à noite.
– Nunca precisei, tive um empresário, que negociou esse contrato, mas me desliguei por opção. Quero eu mesmo decidir – disse.
Rafael garantiu não se preocupar com pressão ou comparações. Desde Fábio Costa, de 2000 a 2003 e 2006 a 2010, nenhum goleiro se firmou.
Os traumas do goleiro, assim como a desconfiança, são assuntos superados. No ano passado, na reserva de Felipe, teve um grande revés quando fraturou a perna direita em dividida com Domingos. Um ano depois, é titular do Santos.
O goleiro já sente que tem a confiança do grupo e agora descansa tranquilo antes de retornar.
Bate-Bola - Rafael
Essas viagens para Sorocaba são constantes?
Sempre que eu folgo, quando tenho um dia, pelo menos. Cheguei no Santos com 16 para 17 anos, é bom rever familiares.
Dracena lhe elogiou, falou que você tem personalidade. De onde vem isso?
Chego no gol e me empenho. Muitos falam de experiência, mas nem isso e nem idade jogam. Tem que ter coragem e trabalhar.
E a falha contra o Atlético-PR. Não abalou?
Não, naquele jogo, se for pegar os lances, fui muito bem, fiz várias defesas, aconteceu. O Dorival deu moral para mim.
*Nota da redação: Foi no jogo Atlético-PR 2 x 0 Santos, na Arena da Baixada. Felipe soltou a bola após cruzamento.
Mas você sequer ficava no banco no começo do ano. Por quê?
Estava voltando de lesão e eu e o Vladimir revezávamos. Mas estava preparado para jogar, quando o Barbirotto me avisou, ainda no hotel, em Minas, para o jogo contra o Cruzeiro. O Dorival me tranquilizou.
Dos titulares, você tem o salário mais baixo. Acha que já merece ser valorizado?
Eu não me preocupo com isso, me preocupo em jogar. Na hora que o Santos achar certo vai me procurar.
E as comparações, como lida com isso?
Cada um constrói a sua história. Comecei bem a minha, conquistando um título. Meu objetivo é fazer uma grande carreira e não pensar em mais nada.

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